Greve dos professores

A Educação é a ferramenta mestra para o desenvolvimento do nosso país. Lamentamos assistir mais uma vez a sucessão de greves de professores deflagradas e anunciadas para estes dias. Sabemos o quanto é importante a valorização do profissional de educação e da necessidade urgente de melhorias estruturais para o desempenho do magistério, porém reconhecemos também que os mais prejudicados com as paralisações são os alunos que, mesmo com reposição de aulas não são atendidos nas suas necessidades. A Bahia está entre os estados com maior número de greves no funcionalismo público, segundo dados do Dieese. Das 106 paralisações deflagradas pelo funcionalismo público estadual no Brasil em 2009, pelo menos metade, 53, aconteceu no Nordeste – com destaque para a Bahia, com 10 mobilizações. É claro que o direito de greve é legítimo, porém precisamos atentar para a urgência de entendimento pois, ano a ano, vemos a mesma cena repetir-se. Em função do reconhecimento do valor e importância da categoria para o desenvolvimento do nosso Estado peço às partes envolvidas que usem o bom senso e consigam, através do diálogo, chegar a um acordo que contemple as necessidades mais urgentes da categoria, sem esquecer que os alunos são os mais prejudicados. Aos professores, reconhecendo o seu valor e legitimidade das reivindicações, peço que tenham serenidade na busca dos seus direitos. E ao Governador Jaques Wagner, que tem se mostrado sempre sensível às demandas do nosso povo, peço também que analise todas as possibilidades de atendimento a essa categoria. O bom senso e o diálogo devem permear as discussões a fim de garantir o fim do movimento grevista e o retorno à normalidade.