terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Crianças virtuais

Nos últimos anos, crianças têm trocado o contato físico pelo virtual. Eles estão se desligando do mundo real e imergindo no virtual. E isso tem prejudicado em suas relações. Em média, elas passam de 1 a 5 horas no computador, jogando, visitando sites e assistindo. Um mundo onde nem tudo é conveniente está ali em suas pequenas mãos, basta um clique. Um estudo americano publicado essa semana pelo jornal Pediatrics mostrou que crianças que passam muitas horas por dia na frente de uma tela têm mais risco de sofrer problemas psicológicos, serem mais hiperativas, terem dificuldades em se relacionar socialmente, e ter problemas emocionais do que aquelas que passavam menos tempo. Não estou querendo dizer que os pais conscientemente estão levando os filhos a serem dependentes da “babá virtual”. Porém, inconscientemente, muitos não se dão conta de que apenas pela criança estar em casa, à frente do computador, ela não está segura. Os perigos virtuais podem ser tão trágicos quanto à exposição física. Especialistas no assunto incluem entre os perigos conversar com estranhos e poder ser facilmente enganados por eles, até ficar dependente e se desligar do mundo real, pois elas são incapazes de julgar os conteúdos. Chamou-me atenção uma matéria publicada na revista Galileu. O estudo constatou que o desempenho escolar dos pequenos que têm computador em casa é significativamente menor do que os que não têm acesso ao computador em casa. Nesse caso, os especialistas também acrescentam as redes sociais como parte do resultado. Proibir, definitivamente, não é a saída, pois lan houses, celulares, e até a casa de outros amigos, sempre proporcionarão oportunidades. Não sou contra essa ferramenta sensacional de informação e conhecimento. Mas precisamos impor limites e ensiná-los a utilizarem os meios e não serem manipulados por ele. Precisamos orientá-los da importância de conviver com o outro para aprender o que é viver em sociedade. Não podemos abrir mão disso, pois o resultado pode ser seres humanos mais individualistas e egoístas.

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