quinta-feira, 6 de maio de 2010

Frente Parlamentar da Capoeira é inaugurada na Câmara

Atabaques e Berimbaus repicaram na Câmara Federal, ontem à noite, na inauguração da Frente Parlamentar em Defesa da Capoeira (FPDC. Sob a presidência do deputado federal Márcio Marinho, e tendo como vice-presidente o deputado Flávio Bezerra, a Frente tem como objetivo valorizar a capoeira e aos capoeirista, possibilitando o reconhecimento da profissão, aposentadoria, direitos e garantias, dar suporte as Associações que desenvolvem trabalhos sociais e o reconhecimento da capoeira como esporte. Segundo Márcio Marinho, logo que levou a proposta da criação da FPDC aos demais deputados, eles apoiaram a proposta por acreditar na sua importância, e alcance social. “Fico feliz em saber que pude contar com esta Casa neste pleito de tamanha relevância social, e pretendemos evoluir nas discussões em referentes aos direitos e garantias dos capoeiristas, e para isso contamos com o apoio de toda a sociedade”, afirmou o parlamentar. O Coral de Berimbaus abriu o evento com a execução do Hino Nacional, sob a regência do Mestre Dionízio, do Grupo Capoeira N’golo. Outras apresentações se seguiram, como: Grupo de Capoeira N’golo, sob o comando do Mestre Igor e Capoterapia, com o mestre Gilvam. Entre os presentes estavam o Mestre Curió, um dos mais antigos capoeiristas da Bahia-, reconhecido internacionalmente, Mestre King – Capoeira de Angola, Mestre Bida (Arte Regional Capoeira), Rodrigo Vila (Beribazul), Contramestre Geléia (Centropoliritmo de Capoeira), Mestre Esquisito e Mestre Mafu (ambos do Terreiro Capoeira), Débora Gonçalves e Mestre Gilvan (Capoterapia Regional), Mestre Pesado e Mestre Dionízio ( ambos N’golo), Mestre Cacau (N’golo – Unaí), Mestre Ruy (Pan Pereira), Instrutor Farinha (Abadá Capoeira) e Mestre Chocolate (Capoeira Angola). A Capoeira se desenvolveu no Brasil por meio dos fundamentos introduzidos por escravos, da etnia Banto, tendo a ginga como principal característica, objetivando dissimular golpes em esquivas em forma de passos de dança. Na segunda metade do século XIX a capoeira foi utilizada como arma por parte de grupos formados por mulatos e negros revoltados, classificados como desordeiros e famílias da elite, que temiam a revolta dos Quilombolas e da chamada “Onda Negra”. Criminalizada pelo Código Penal, de 1890, sua prática só deixou de ser crime em 1934, muito embora as perseguições tenham continuado. Tendo em 2008 obtido destaque, sendo considerada Patrimônio da Cultura Nacional Brasileira, pelo Ministério da Cultura e pelo IPHAN- Instituto do Patrimônio da Cultura Nacional Brasileira, marcando presença em mais de 150 países e passando a integrar o circuito de esporte e academias de ginástica. Atualmente, o COB – Comitê Olímpico Brasileiro luta para que a capoeira seja incluída como esporte de exibição, em 2012, em Londres, com expectativas de torna-se esporte olímpico oficial para os jogos de 2016.

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