sexta-feira, 23 de abril de 2010
Conselheiros da esperança!
Este ano o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 20 anos. Lutas, conquistas e muita expectativa marcaram essas duas décadas de uma verdadeira “resistência armada” de vontade férrea para manter viva a esperança da plenitude de vida para as crianças e adolescentes.
Embora, na Bahia, os Conselhos Tutelares sejam uma realidade e estejam presentes em 417 municípios, muitos ainda necessitam de apoio e recursos municipais para adquirirem uma estrutura de trabalho adequada à natureza da atividade delicada e, infelizmente, de pouco reconhecimento, desenvolvida pelos Conselheiros, os quais são ferramentas sine qua non para que o Estatuto seja cumprido.
Mas o que se há de falar quando esses profissionais não são reconhecidos e valorizados devidamente, mesmo sendo responsáveis pela realização de um trabalho de grande complexidade e diversidade, em função das demandas na sociedade?
Na Bahia, esses “anjos” do ECA “driblam” a precariedade estrutural, a falta de recursos materiais e humanos e o baixo salário que recebem, pois a Bahia é o estado com a menor remuneração, fato que contradiz a relevância do serviço, pois o reconhecimento profissional passa necessariamente pela questão salarial.
Podemos observar, por exemplo, a realidade caótica em que se encontra a sociedade: A desestruturação familiar, tendo como conseqüência o aumento significativo do número de adolescentes envolvidos nas drogas e na criminalidade.
Diante desta triste realidade, o papel do Conselheiro Tutelar na sociedade torna-se indispensável e por isso se faz necessária a valorização da categoria, pois são esses profissionais que zelam não só pelas nossas crianças, mas também pela família.
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